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Violência desenfreada

Ausência de política pública, má vontade para cortar cargos comissionados e privilégios e falta de maiores investimentos nas áreas de segurança pública, educação e saúde, além da total inércia do Estado para o enfretamento à violência foram as principais críticas relatadas hoje (15) pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe (OAB-SE), Henri Clay Andrade, para justificar o crescimento da violência em território sergipano.

Henri Clay manifestou a solidariedade às vítimas da violência, em especial à família do cobrador de ôni bus David Jonathan Barbosa, assassinado durante um assalto ocorrido na tarde da última quarta-feira, 13. O presidente da Seccional fez severas críticas ao governo do Estado e convocou toda a sociedade para discutir a questão em audiência pública que ocorrerá na próxima terça-feira, 19, na sede da entidade na Praça Getúlio Vargas.
“O Estado tem o dever e responsabilidade constitucional e institucional de apresentar para a sociedade a sua política de inteligência e não a política de brutalidade”, disse o presidente da OAB-SE, fazendo referência às ações de combate à violência. Para Henri Clay não basta apenas prender ou anunciar confrontos com bandidos. “É usar métodos de estratégia, de tática e, sobretudo, de política preventiva”, disse.

Henri Clay Andrade informou que a entidade que preside tem sugestões concretas para a política, mas se reservará para apresentá-la após debates com a sociedade, que ocorrerão durante a audiência pública. Ele criticou a redução da idade para efeitos de responsabilidade penal, defendeu a convocação imediata dos aprovados no concurso público para preenchimento das vagas nas polícias civil e militar e reconheceu a existência dos resquícios autoritários.