Jurados do 2º. Tribunal do Júri de Belém (PA), presidido pelo juiz Raimundo Moisés Alve Flexa, condenaram o policial federal Pedro Alexandre Sousa Gonçalves, 58 anos por homicídio qualificado praticado contra Reginaldo Correa, 35 anos, engenheiro químico. A pena aplicada ao réu de 32 anos de reclusão será cumprida em regime inicial fechado. Ao final da sessão de júri, o juiz decretou a prisão de imediato do condenado para se iniciar o cumprimento da pena.
Testemunha presencial do crime, Marleni Matos Gonçalves, atualmente com 40 anos, foi a primeira a depor e negou que tivesse qualquer relacionamento com a vítima. A mulher do policial, que inicialmente alegava que fora forçada pelo marido (que o ameaçou com a arma na cabeça) a telefonar e marcar o encontro com a vítima, disse no julgamento que telefonou de livre e espontânea vontade.
Ela disse que o objetivo seria conversar com a vítima para que ele parasse de ficar espalhando no bairro que estava mantendo relações afetivas com a mulher. Além dela, outras quatro pessoas prestaram depoimentos, mas nenhuma delas presenciou o crime ou ouviu os disparos que atingiram a vítima.
Em interrogatório, o réu inicialmente negou ser autor do crime, e alegou que a vítima teria tentado pegar a arma do então policial, uma pistola de uso exclusivo do órgão. Ele afirmou ainda que o encontro seria apenas para conversar, no entanto, a vítima se exaltou e passou a xingá-lo, atingindo a sua moral, afirmando que estava se relacionando com sua mulher. Declarou também que, na ocasião, a vítima teria visto sua pistola (do policial), apoderando-se da arma e feito disparos que atingiram vidro e banco do carro.