Em quase 900 dias sem trabalhar, cinco conselheiros afastados do Tribunal de Contas do Estado (TCE), presos pela operação Quinto do Ouro, um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, continuam recebendo salário, perfazendo, até agora, um total de R$ 4,48 milhões. Para que o Tribunal de Contas do Estado deixe de remunerar os conselheiros afastados é preciso uma decisão judicial. Como isso ainda não ocorreu, o órgão cumpre o que determina a lei.
Dos cinco conselheiros afastados, três já receberam mais de R$ 1 milhão sem trabalhar. Quem mais “lucrou” nesse período de inatividade foi o conselheiro afastado José Maurício Nolasco, que teve renda líquida de R$ 1,015 milhão. Em seguida, vem José Gomes Graciosa, com R$ 1,010 milhão. Marco Antônio de Alencar recebeu R$ 1,008 milhão; Aloysio Guedes, R$ 789 mil e Domingos Brazão, R$ 658 mil.
Os cinco foram presos temporariamente na Operação Quinto do Ouro, em 29 de março de 2017. Em 7 de abril, eles foram soltos, mas seguem afastados de suas funções desde então. A operação teve como base a delação premiada do ex-presidente do TCE, Jonas Lopes.
Os cinco conselheiros afastados se tornaram réus em junho pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.