Se fosse vivo, o ex-Arcebispo do Rio de Janeiro – nomeado pelo Papa Paulo VI – Dom Eugenio Sales completaria hoje 100 anos. Ele nasceu em Acari, no estado do Rio Grande do Norte em 8 de novembro de 1920 e faleceu no Rio de Janeiro há oito anos, no dia 9 de julho de 2012, vítima de infarto, enquanto dormia, em sua residência no bairro de Sumaré. Está sepultado na Catedral Metropolitana do Rio.
Filho de Celso Dantas Sales e Josefa de Araújo Sales (Teca) e irmão de Dom Heitor de Araújo Sales, nasceu na Fazenda Catuana. Foi batizado na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Guia, no município de Acari, no dia 28 de novembro de 1920. De família muito católica, era bisneto de Cândida Mercês da Conceição, uma das fundadoras do Apostolado da Oração na cidade de Acari.
Realizou seus primeiros estudos em Natal, inicialmente em uma escolar particular, depois no Colégio Marista e finalmente ingressou, em 1931, no Seminário Menor. Realizou seus estudos de Filosofia e Teologia no Seminário da Prainha, em Fortaleza, Ceará, no período de 1931 a 1943. Foi ordenado sacerdote pelas mãos de Dom Marcolino Esmeraldo de Sousa Dantas, bispo de Natal, no dia 21 de novembro de 1943, na mesma igreja onde recebera o batismo.
No dia 1 de junho de 1954, aos 33 anos, foi nomeado bispo auxiliar de Natal pelo Papa Pio XII, recebendo a sé titular de Thibica. Foi ordenado bispo no dia 15 de agosto de 1954, pelas mãos de Dom José de Medeiros Delgado, Dom Eliseu Simões Mendes e de Dom José Adelino Dantas. Em 1962 foi designado administrador apostólico da Arquidiocese de Natal, função que exerceu até 1965, quando da nomeação de Dom Nivaldo Monte.
Em 1964, foi nomeado administrador apostólico da Arquidiocese de São Salvador da Bahia, função na qual permaneceu até 29 de outubro de 1968, quando da sua nomeação a Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, pelo Papa Paulo VI. No consistório do dia 28 de abril de 1969, presidido pelo Papa Paulo VI, Dom Eugênio de Araújo Sales foi nomeado cardeal, do título de São Gregório VII, do qual tomou posse solenemente no dia 30 de abril do mesmo ano. Neste consistório foi também nomeado cardeal o brasileiro Dom Vicente Scherer.
No dia 13 de março de 1971, o Papa Paulo VI o nomeou Arcebispo do Rio de Janeiro[1], função que exerceu até 25 de julho de 2001, quando da sua renúncia, e que foi aceita pelo Papa João Paulo II.