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Tombamento de Brasília: 34 anos

Por Silvestre Gorgulho

Brasília é a única cidade do mundo que foi projetada, construída e Tombada no mesmo século. Mais: a única cidade do mundo que nasceu fotografada e filmada em todos os seus momentos de construção. Hoje, 7 de dezembro de 2021, são 34 anos do Tombamento de uma cidade ainda na placenta da História.

O título de Patrimônio Cultural da Humanidade é destinado a monumentos, grupos de edifícios ou sítios que tenham um excepcional e universal valor histórico, estético, arqueológico, científico, etnológico ou antropológico. Esta honraria foi criada em 1972 pela Unesco para incentivar a preservação de bens culturais e naturais considerados significativos para a Humanidade.

Brasília rompeu com a tradição da UNESCO. Com apenas 27 anos, a cidade tornou-se Patrimônio Cultural da Humanidade. A chancela oficial da UNESCO aconteceu no dia 7 de dezembro de 1987.

Antes do tombamento, Lucio Costa foi firme:
“Brasilia é a expressão de um determinada conceito urbanístico, tem filiação certa. Não é uma idade bastarda. O seu fácies urbano é o de uma cidade inventada que se assumiu na sua singularidade e adquriu personalidade próp4ia graças à arquitetura de Oscar Niemeyer e sua gente”.

E Oscar Niemeyer não deixou por menos:
“Brasilia justifica tudo que a possa preservar. É urbanisticamente uma opção importante: simples, lógica e bela”.

Tombamento é uma palavra de origem portuguesa que significa registrar um bem material ou imaterial no livro da Torre do TOMBO, em Portugal. A Torre do Tombo, situada na torre do Castelo São Jorge, a partir do ano 2000, recebeu um nome mais pomposo: Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo.

No dia do aniversário de 34 anos de Tombamento, vale mais uma vez lembrar Maria Elisa que está sempre insistindo que se a área delimitada pelo divisor de águas da Bacia do Paranoá não for institucionalmente considerada Centro Histórico da Capital Federal, a preservação da identidade original de Brasília não será possível ao longo do tempo.
Prá quê considerar, formalmente, a bacia do Lago Paranoá como Centro Histórico da capital federal!

Explica Maria Elisa Costa:
– Simplesmente para administrar uso e ocupação do solo dentro desta área. Há que ter uma fiscalização dura por uma comissão técnica não burocrática que, inclusive, tenha poder de embargar eventuais desvios de conduta ou omissões do próprio IPHAN.