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Um menino de Brasilia brilha na Copinha

Quando vídeos de um menino de dez anos dando dribles desconcertantes e marcando uma enxurrada de gols em campeonatos infantis de escolinhas de futebol em Brasília (DF) começaram a aparecer nos celulares de seus amigos, Douglas Ramos Sousa teve a certeza de que seu filho Endrick era uma joia rara a ser lapidada.

Cinco anos se passaram e, mesmo com a pouca idade, Endrick já é tratado como uma das maiores revelações atuais do futebol brasileiro. E a história da criança humilde de Valparaíso, no cone Sul do Distrito federal, só está começando.

Os torcedores não escondem o entusiasmo com a joia alviverde e muitos pedem a sua escalação como centroavante. Uma função cuja a contratação de uma peça era vista como essencial pelo técnico Abel Ferreira. O momento de Endrick, dono de 170 gols em 176 partidas, sendo 71 deles em torneios oficiais organizados pela FPF ou pela CBF, coroa a parceria entre diretoria e pai do atacante.

Isso porque em 2016, ciente da qualidade do filho, encantado com as opiniões dos professores e assustado com a admiração que o filho ganhara com os vídeos, Sousa decidiu apostar tudo. O pai dele chegou a jogar no amador do Distrito Federal e ter um atleta na família seria o destino. Largaria o emprego e acompanharia Endrick de perto para acompanhar seu crescimento pessoal, o que considera fundamental para o filho manter o foco.

– Era a única coisa que pedi, que a família dele pudesse acompanhá-lo – disse Sousa.

Com a repercussão dos lances de Endrick, o pai achou que haveria grande disputa. Não foi o que aconteceu. Sousa rodou todas as escolinhas oficiais dos grandes clubes na capital federal. Sete responderam. Dessas, três ofereceram que ele treinasse em suas dependências brasilienses. Só os quatro grandes de São Paulo foram além.