A Abracrim Mulher SP, vem, pela presente, se solidarizar com a colega advogada, Malu Borges Nunes, bem como com todas as mães e mulheres advogadas que, diariamente, se desdobram para cumprir com suas obrigações pessoais e profissionais.
É lamentável a postura do desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas de chamar a atenção e criticar indevidamente a ética profissional de uma advogada mãe, por ela estar com sua filha no colo, durante uma sessão virtual, e a bebê ter resmungado, enquanto a advogada aguardava sua vez de realizar sustentação oral. Ressalte-se que situação é ainda mais grave, pois a Dra. Malu já havia pedido preferência com base na legislação vigente e seu pedido lhe fora negado, em afronta ao que prevê a lei.
Além deste tema nada ter a ver com a ética profissional da advocacia, equivocadamente suscitada pelo Desembargador, é inaceitável a falta de humanidade que se vê neste episódio, além do descumprimento de leis específicas de proteção da advogada gestante, lactante, adotante e parturiente, tais como a Lei nº 13.363/2016, conhecida como Lei Julia Matos, que foi promulgada como resposta a outro triste episódio, ocorrido com a colega advogada, Daniela Teixeira, que resultou no parto prematuro de sua filha Julia.
A Abracrim Mulher SP repudia, veementemente, tais condutas e lutará ao lado das advogadas gestantes, lactantes, adotantes e parturientes, para que seus direitos sejam sempre rigorosamente respeitados.
Adriana Filizzola D’Urso
Presidente da ABRACRIM Mulher SP