O famoso relógio da Central do Brasil, localizado da centro da cidade do Rio de Janeiro, completa este ano oito décadas. Tombado pelo patrimônio histórico e cultural do Rio desde 1996, construído pela empresa norte-americana IBM, o relógio está a 110 metros de altura e ocupa cinco andares do edifício inaugurado em 1943. É maior que Big Ben, de Londres, na Inglaterra. O exemplar inglês mede sete metros, enquanto o brasileiro tem 10 de altura em cada face. Com 135 metros de altura, o prédio já foi a estrutura de concreto armado mais alta do mundo. Em 1997, a estação foi cenário do filme Central do Brasil. A obra foi indicada ao Oscar de melhor filme estrangeiro, em 1998. O curioso é que o nome “Central do Brasil” passou a ser usado definitivamente após a película ser lançada. Anteriormente era comum ver as pessoas ainda se referindo a estação como “D. Pedro II”.
Tudo começou em 1855. A igreja de Santana foi demolida para que no local fosse construída a estação de trem D. Pedro II. As locomotivas que de lá partiam uniram as províncias mais prósperas do Império: Rio, São Paulo e Minas que comercializavam, entre outras mercadorias, principalmente, café e leite. 1858 foi realizada a viagem inaugural que teve como passageiros Dom Pedro II e sua família. O destino foi: Rio de Janeiro a Queimados, na Baixada Fluminense, percurso de 47 quilômetros. A frota inicial da Central era composta de 10 locomotivas, 40 vagões de passageiros e 100 vagões de carga. O prédio que abrigava a antiga construção foi demolido e reerguido no início dos anos 1930 para haver a expansão do sistema ferroviário, bem como a passagem da Avenida Presidente Vargas.