O Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) julgou os envolvidos na confusão ocorrida no jogo Sergipe-SE x Botafogo-RJ, após o término da partida, que terminou empatada em 1 a 1, pela primeira fase da Copa do Brasil. O confronto aconteceu no dia 2 de março de 2023, no Batistão, Aracaju. A sessão aconteceu na sede do Tribunal, no Rio de Janeiro, com as presenças dos auditores Alcino Guedes, Sérgio Coelho, Miguel Ângelo Cançado, Caio Barros, José Maria Philomen e Ramon Rocha.
O ex-diretor do Conselho Federal da OAB e ex-presidente da OAB de Goiás, Miguel Ângelo Cançado, relator do processo, votou pela absolvição do árbitro assistente Henrique Neu Ribeiro, de Santa Catarina, por entender legítima defesa, tendo em vista que o quadro de arbitragem havia sido agredido, tendo seu voto sido seguido pelos demais auditores
Cançado, também, votou, e teve seu voto confirmado pela turma julgadora, pela condenação do presidente do Sergipe, Ernan Sena, em um total de 240 dias de suspensão das atividades nas competições nacionais que o time sergipano disputará. A Comissão Disciplinar determinou também multa de R$ 5 mil ao dirigente. De acordo com Miguel Cançado, as imagens e denúncias apuradas provaram que o dirigente do Sergipe invadiu o campo, agrediu os árbitros e ofendeu os profissionais da arbitragem. Ernan Sena, que já estava suspenso por 30 dias, após as denúncias, terá o direito de recorrer da decisão, juntamente com os demais condenados.
O goleiro do Sergipe, Dida, foi condenado em três partidas, por críticas à Confederação Brasileira de Futebol, durante entrevista após o jogo, com base no polêmico artigo 258 do CBJD. Os jogadores Miguel Silva, lateral esquerdo, e Silvio Santos, zagueiro, que não estava relacionado, foram denunciados por terem agredido o assistente e o árbitro Bráulio Machado, foram suspensos apenas em três partidas.