No início da década de 1930, o crescente aumento de acidentes da navegação em águas brasileiras evidenciava a necessidade de se criar no Brasil um órgão técnico, para avaliação das causas e circunstâncias dos acidentes de embarcações nacionais – onde quer que estejam – e estrangeiras, quando em águas jurisdicionais brasileiras, de maneira não ficar à mercê das decisões dos tribunais marítimos estrangeiros. Havia, portanto, uma questão de soberania em pauta. Desde a sua criação, o Tribunal Marítimo já teve 46 juízes. O primeiro nomeado foi João Stoll Gonçalves em 20 de fevereiro de 1935, permanecendo no cargo até 30 de novembro de 1964. Desse total, apenas duas mulheres: Vera Lúcia de Souza Coutinho, que permaneceu no período de 31 de outubro de 1985 a 22 de janeiro de 1999 e Maria Cristina de Oliveira Padilha, que assumiu em 01 de agosto de 1988 e está até hoje no cargo.