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Uma mulher negra na composição do STF

Da BBC News Brasil – A discussão sobre qual será a indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Supremo Tribunal Federal (STF) após a aposentadoria de Rosa Weber, que deixa o cargo no dia 28 de setembro, tem mobilizado setores distintos da esquerda em direções opostas. Enquanto há grupos que pressionam pela nomeação de uma mulher negra para a vaga, outras correntes defendem que Lula tenha liberdade para escolher fora destes critérios. Nos EUA, essa questão se apresentou ao presidente Joe Biden no início do segundo ano de mandato. Entre as diversas promessas que ele fez durante sua campanha eleitoral, em 2020, estava a de nomear uma mulher negra para a Suprema Corte, a mais alta instância da Justiça dos Estados Unidos.

Em mais de 230 anos de história, o tribunal estabelecido em 1789 e que teve sua sessão inaugural em 1790 havia tido apenas dois juízes negros, ambos homens: Thurgood Marshall (que serviu de 1967 até 1991) e Clarence Thomas (que ingressou em 1991 e atualmente é o membro mais antigo do tribunal). Além disso, dos 115 integrantes que haviam passado pelo tribunal ao longo da história, somente cinco eram mulheres.