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Reginaldo de Castro 8.1

Um dos mais importantes presidentes da história do Conselho Federal da OAB e um dos mais bem conceituados advogados do país, Reginaldo Oscar de Castro completa hoje (13/10) 81 anos. Após residir alguns anos no Leblon e Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro, esse goiano de Anápolis voltou a residir novamente em Brasília. Certa vez o jornalista mineiro de São Lourenço, mas radicado na capital federal desde a inauguração, Silvestre Gorgulho perguntou em uma entrevista a Reginaldo qual era o pecado de Brasília. ROC, como é chamado carinhosamente pelos amigos mais próximos, foi direto : “a distância do mar”. No tempo em que residiu na zona sul do Rio de Janeiro, além de frequentar a praia, Reginaldo se reunia diariamente com um seleto grupo de amigos brasilienses na tradicional padaria do Leblon, Rio Lisboa. Aos sábados a reunião mudava de local. O encontro para um vinho amigo no Jobi, também no Leblon.

No ano passado, ao completar 80 anos, Reginaldo sentiu a necessidade de refletir sobre os rumos de dois temas que sempre lhe ocuparam sua cabeça: o Brasil e o Direito. Para ele, um tema não se afasta do outro, assim, a advocacia sempre foi e continua sendo referência vital nas questões que envolvem a cidadania. Por isso, resolveu escrever um livro e que está em fase final de elaboração após conversas e entrevistas com o jornalista gaúcho Márcio Pinheiro. Reginaldo recorda os anos iniciais da Universidade de Brasília (UnB), onde foi aluno das primeiras turmas, reafirma sua convicção de que a eficácia e a utilidade social da advocacia dependem da saúde das instituições jurídicas do Estado e homenageia quem foi referência em sua trajetória, em especial os saudosos advogados Evandro Lins e Silva e Sebastião Oscar de Castro, seu pai.

Porém a maior parte desta obra está intimamente vinculada à Ordem dos Advogados do Brasil, a OAB, entidade em que Reginaldo é integrante do Conselho Federal desde 1989 e da qual foi presidente durante a virada do milênio. Nesta avaliação, Reginaldo recorda momentos decisivos da vida política e social no Brasil, além de reafirmar sua convicção de que a OAB desempenhou, desempenha e ainda tem muito a desempenhar na defesa do Direito e da democracia. “Tenho certeza de que, embora ultrapassada a gloriosa fase de luta dos anos de chumbo, continuamos depositários da esperança de que a nossa bandeira estará sempre na linha de frente dos embates – por certo intermináveis”.