Por Maira Fernandes – advogada – Segundo o CFOAB, mais de 51% dos inscritos no quadro de advogados são mulheres. No entanto, as advogadas são maioria até os 40 anos. Dessa idade em diante, a prevalência é masculina. Ou seja, elas ingressam na profissão, mas nem sempre evoluem nela.
As chances de uma advogada se tornar sócia de um escritório são menores do que as de um homem: somente 34,9% das mulheres compõem o quadro de sócios de capital, de acordo com a Women in Law Mentoring Brazil.
As estatísticas de gênero do IBGE mostram que as mulheres advogadas recebem 23,6% menos do que os homens advogados. Em relação às mulheres negras a desigualdade é ainda maior: elas ganham 36,7% menos.
Não são raros os relatos de advogadas que sofrem discriminação de gênero, assédio moral e sexual. Que são colocadas em posições subalternas. Que perdem espaços por conta da maternidade.
Por isso, o Plano Nacional de Valorização da Mulher Advogada (Prov nº 164/2015) precisa ser respeitado, assim como a Lei 13.363/2016, que prevê direitos e garantias para a advogada gestante, lactante, adotante e em trabalho de parto.
Neste 15 de dezembro, Dia da Advogada, festejamos esse escritório criminal fundado e encabeçado por uma mulher, incentivando as advogadas, sobretudo as mais jovens, a seguirem seus sonhos e se tornarem o que elas quiserem.