As Eleições 2022 acontecem no dia 2 de outubro e, onde houver segundo turno, no dia 30 de outubro. O voto é obrigatório para brasileiras e brasileiros entre 18 e 69 anos e facultativo para pessoas analfabetas, jovens com 16 e 17 anos e para quem tem 70 anos ou mais. Nas eleições presidenciais de 2022, mais de 697 mil pessoas que moram em outros países poderão ir às urnas em outubro e votar para os cargos de presidente e vice-presidente da República, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O número representa um aumento de 39,2% em relação às eleições de 2018. No pleito deste ano, a votação ocorrerá em 181 cidades estrangeiras, de Xangai, na China, a Nova York, nos Estados Unidos. Em abril, o plenário do TSE autorizou a instalação de postos de votação fora da sede das embaixadas e repartições consulares em 21 países. A decisão atendeu a um pedido feito pelo Ministério das Relações Exteriores, que apontou a necessidade de criação de novas seções eleitorais para abraçar o índice crescente de eleitores que não votam no Brasil.
O voto é facultativo para menores de 18 anos, maiores de 70 e pessoas analfabetas. Sendo assim, brasileiros maiores de idade que residem no exterior devem cumprir as obrigações eleitorais e votar, ao menos, para escolher as candidaturas à Presidência e à Vice-Presidência. No entanto, quem optar por manter o domicílio eleitoral em município brasileiro continua obrigado a votar em todas as eleições. Nesse caso, será necessário justificar as ausências às urnas enquanto estiver fora do país.
Lisboa, Miami, Boston, Nagoia e Londres são os locais que concentram a maior quantidade de brasileiros aptos a votar no exterior. Na capital portuguesa, 45.273 pessoas estão habilitadas a comparecer às urnas em outubro. Em Miami e em Boston, estão, respectivamente, 40.189 e 37.159 eleitores que votam fora do Brasil. Na cidade japonesa, são 35.651 brasileiros que poderão escolher a candidata ou o candidato que ocupará a Presidência da República pelos próximos quatro anos. A capital da Inglaterra vem logo depois, com 34.498 eleitores. Vaticano (Itália), Bamako (Mali) e Abuja (Nigéria), entre outros, por outro lado, detêm a menor quantidade de eleitores brasileiros: há somente uma pessoa que vota em cada uma dessas cidades.
Assim como ocorre no Brasil, as mulheres formam a maioria do eleitorado que vota em outros países. Nas 181 cidades em que serão realizadas as eleições, estão 408.055 (58,54%) eleitoras e 289.023 (41,46%) eleitores. Entretanto, outro índice se comporta de maneira inversa: a maior parcela do eleitorado no exterior não tem a biometria coletada pela Justiça Eleitoral. São 567.466 (81,41%) eleitores nessa condição e outras 129.612 (18,59%) que já cadastraram as digitais na Justiça Eleitoral.
Grande parte dos eleitores brasileiros que poderão votar para presidente fora do território nacional tem entre 35 e 44 anos. No total, há 198.112 pessoas dentro dessa faixa etária. Os jovens, contudo, também têm destaque dentro desse recorte. Nessa eleições, poderão votar 691 eleitores que completarão 16 anos até o dia 2 de outubro, data do primeiro turno, e outros 1.144 que têm 17 anos.
A votação fora do território nacional é organizada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, com o apoio dos consulados ou das missões diplomáticas em cada país. As missões diplomáticas ou repartições consulares comunicarão, aos eleitores votantes no exterior, o horário e o local da votação. O eleitor que possui domicílio eleitoral no exterior não apenas têm o direito, mas o dever de participar do processo eleitoral do Brasil.
Neste caso, o exercício do voto é exigido apenas nas eleições para presidente e vice-presidente da República. As seções eleitorais para o primeiro e o segundo turnos de votação funcionarão nas sedes das embaixadas, em repartições consulares ou em locais em que existam serviços do governo brasileiro. Excepcionalmente, o Tribunal Superior Eleitoral poderá autorizar a abertura de seção eleitoral fora desses locais.