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Museus: duas grandes notícias

Há quatro anos um incêndio de grandes proporções devastou 85% do valioso acervo do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, zona norte da cidade do Rio de Janeiro. O primeiro passo para sua reabertura foi dado com a entrega da fachada e do jardim frontal totalmente recuperados. O advogado Nicola Manna Piraino comemorou com entusiasmo a restauração da fachada do Museu Nacional da UFRJ, quase, totalmente, destruído por um devastador incêndio, incluído o seu riquíssimo acervo, nesta mesma data, no ano de 2018. “O belíssimo prédio bicentenário está ressurgindo das cinzas, como uma fênix. Parabéns, ao Diretor do Museu, o professor Alexander Kellner, aos professores, funcionários, operários e a todos e todas, que participaram e participam dos trabalhos de recuperação do prédio”.

Agora, na próxima quinta-feira (08.07) após nove anos fechado e celebrando o bicentenário da Independência do Brasil, o Museu Paulista, mais conhecido como Museu do Ipiranga, em São Paulo, vai reabrir ao público. Além de restaurado, modernizado e acessível, ele aposta também na pluralidade e em uma discussão crítica sobre as obras.

Para abordar assuntos controversos, a curadoria do museu vai utilizar recursos multimídia para propor novas visões sobre os objetos expostos. A expectativa é que o local passe a receber o triplo de pessoas que costumavam procurá-lo, passando a 900 mil visitantes por ano. Monumentos que homenageiam figuras e situações controversas, como estátuas de bandeirantes, serão encarados como documentos históricos, ou seja, obras que informavam ou refletiam sobre um modo de se pensar à época.

Agora, novas visões serão acrescentadas a esses objetos. “O contraponto serão outras visões da sociedade sobre o tema. Toda exposição terá uma tela de contraponto e uma questão que estamos discutindo é abrir editais para que as pessoas possam se inscrever para criar contrapontos para a exposição. Queremos outras vozes da sociedade dentro da universidade e dentro do museu universitário, para não ser uma fala única. Queremos um museu muito mais plural: é isso que a gente busca no Museu Paulista”, disse Ana Paula Nascimento, professora e curadora do museu.