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Apenas 106 dias como ministro do Supremo

O magistrado Uladislau Herculano de Freitas foi o que menos ocupou a vaga de ministro do STF em toda a história de composição da Corte: apenas 106 dias no cargo. Gaúcho de Arroio Grande, nasceu no dia 25 de novembro de 1865, vindo a falecer no Rio de Janeiro em 14 de maio de 1926. Foi um advogado, político e o terceiro presidente do Paraná em período republicano.

Assentou voluntariamente praça em 1883, no intuito de matricular-se na Escola Militar de Porto Alegre, como de fato aconteceu. Julgado, porém, fisicamente incapaz para o serviço do Exército, deu baixa. Uno depois de ser dispensado do serviço militar foi estudar na Faculdade de Direito de São Paulo. Teve sua transferência para a Faculdade de Direito do Recife, onde terminou o quarto ano. Porém, retornou a São Paulo, onde recebeu o bacharelato em 8 de março de 1889. Casou-se com a filha do eminente político paulista general Francisco Glicério. Durou muito tempo sua carreira política, ocupando profissões como advogado, jornalista e tribuno. Após a Proclamação da República no Brasil, entregou-se ao exercício do cargo de Chefe de Polícia do Paraná. Logo depois, em 1890, foi nomeado como terceiro presidente do Paraná em período republicano.

A Faculdade de Direito de São Paulo nomeou Uladislau Herculano de Freitas Guimarães como diretor substituto da instituição educacional por Decreto de 30 de dezembro de 1890. Foi tomado posse de lente substituto e recebido o grau de doutor em 16 de janeiro de 1891. Através do Decreto de 21 de março daquele ano a Faculdade de Direito de São Paulo nomeou o advogado gaúcho como lente catedrático. Foi professor da segunda cadeira da primeira série de notariado. Foi tomado posse por Uladislau Herculano de Freitas Guimarães a segunda cadeira da primeira série de notariado no dia 27 de abril de 1891.

Ocupou os cargos de deputado estadual, deputado federal e senador estadual por São Paulo. A Faculdade de Direito de São Paulo nomeou Uladislau como lente catedrático de direito criminal. Entre 10 de fevereiro e 1 de maio de 1902 trocou o cargo de lente catedrático de direito criminal com José Mariano Corrêa de Camargo Aranha pelo de catedrático de direito público e constitucional. Ficou em afastamento da cátedra porque teve deveres políticos. Entre 11 de agosto de 1913 a 15 de novembro de 1914, ocupou a pasta de Ministro da Justiça do Presidente do Brasil Hermes da Fonseca. Dirigiu a Faculdade de Direito de São Paulo de 1915 até 1917. Passou a ser diretor efetivo dessa instituição pelo Decreto de 26 de março de 1917.

Ocupou a pasta de Secretário da Justiça e Segurança Pública de São Paulo enquanto foi presidente do estado paulista Altino Arantes. Em 1922, ocupou pela segunda vez a pasta de Senador Estadual de São Paulo e também o de Senador Federal por São Paulo. Funcionou como relator da reforma constitucional. Ocupou disponivelmente a cadeira de catedrático da Faculdade de Direito de São Paulo em 29 de agosto de 1925 e a pasta de ministro do Supremo Tribunal Federal no dia 7 de dezembro do mesmo ano. Morreu na cidade do Rio de Janeiro, aos 60 anos de idade.