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Decisão correta e sábia

O presidente da OAB do Rio de Janeiro (OAB-RJ), Wadih Damous considerou hoje (25) “correta e sábia” a decisão do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) de exigir dos formandos de Medicina no Estado realizar prova oral no final do 6º ano do curso com o objetivo de avaliar a qualidade do ensino. “É preciso que se entenda, de uma vez por todas, que os milhares de cursos superiores das diversas áreas, como Direito, Medicina e outros, em boa parte não oferecem um ensino adequado e vendem ilusões aos bacharéis.

Por isso – disse Damous – é preocupante saber que o Congresso Nacional estuda a possibilidade de extinguir o exame da OAB. “Seria uma catástrofe institucional sem precedentes”, afirmou. No Exame da OAB, em média, 80% dos alunos não conseguem aprovação. Já no Exame dos médicos paulistas, 46% dos alunos que fizeram a prova no ano passado foram reprovados.

O presidente da Seccional da OAB lembrou que a obtenção de um diploma, nos casos das faculdades que vendem ilusões, não traduz aptidão mínima para o exercício da futura profissão de médico, advogado, engenheiro ou qualquer outra. “Um mau profissional pode causar sérios prejuízos aos cidadãos que os procuram, por força de inaptidão técnica”, destacou Damous.

A avaliação dos recém-formados já é aplicada para os formandos de Medicina em São Paulo há sete anos, mas de forma voluntária. Até hoje, 4.821 novos médicos já se submeteram ao exame, que a cada ano demonstra a falta de preparo dos profissionais. Segundo a Cremesp, teve recém-formado que não conseguiu, por exemplo, identificar um quadro de meningite em bebês e também não sabiam que uma febre de quase 40°C pode aumentar o risco de infecções graves em crianças.