Direito Global
Sem a toga

Cai Oliveira Bastos

Era repórter recém-chegado (foca mesmo) ao Correio Braziliense graças a três pessoas que guardo no fundo do meu coração. Pela ordem: Alberto de Sá Filho, Carlos Alberto Lima e José Natal. A minha vida jornalística começou com o apoio dos três. Cabeludo, vindo do Rio de Janeiro, estava na redação quando veio até à Editoria de Esportes o editor do jornal, o temido Oliveira Bastos. Ele chegou para conversar com o Natal e sentou na quina da mesa do Randal Junqueira (diagramador). O problema é que a mesa estava apenas com três pés. Como não tinha juízo, falei em voz alta: quase que o Oliveira Bastos vira manchete do jornal de amanhã. Ele olhou pra mim e perguntou: qual manchete ? Eu disse, com toda tranquilidade: Cai Oliveira Bastos. O Natal e o Randal ficaram brancos. Graças a Deus, o Oliveira adorou a brincadeira. Caso contrário, a minha vida de repórter teria sido muito curta no jornal que meu a primeira chance e onde trabalhei de 1975 a 1982.