Por Irineu Tamanini
O Brasil perdeu hoje um dos seus mais brilhantes apresentadores: Eliakim Araújo, de 75 anos, mineiro de Guaxupé, ex-estudante de direito, morreu em Fort Lauderdale, na Flórida, vítima de câncer. Eliakim foi locutor durante duas décadas da rádio Jornal do Brasil mas foi na tv, ao lado da mulher, a jornalista Leila Cordeiro, que obteve maior sucesso.
Em 1997 , o casal – após trabalhar nos telejornais da Globo, SBT e na extinta Manchete – resolveu ir morar em Miami, nos Estados Unidos, para ancorar o jornal em português da rede americana CBS.
Em 1998, atuava como assessor de imprensa do Conselho Federal da OAB. O presidente era o advogado Reginaldo Oscar de Castro. Acompanhava o dirigente máximo da entidade em todos os compromissos, nacionais ou internacionais. A primeira viagem internacional ocorreu justamente para Miami onde Reginaldo, representando a OAB, iria participar de um evento com entidades similares de vários países.
Logo após saber da viagem, liguei para o meu velho amigo Luiz Gonzaga Mineiro, então diretor do SBT e justamente o canal que transmitia o jornal apresentado pelo casal Eliakim-Leila. Acertei então a participação do Reginaldo no programa da CBS para o Brasil.
No intervalo da reunião em Miami, fomos ao estúdio para que o Reginaldo desse as informações do encontro direto para o Brasil. Fomos muito bem tratados pelo casal. A entrevista foi um sucesso. O serviço televisivo da CBS transmitiu a conversa várias vezes – o mesmo que faz hoje a Globonews com a entrevistas de estúdio – e, na volta ao Brasil, Reginaldo recebeu inúmeros parabéns pela participação.
No mesmo dia em que estávamos no estúdio da CBS em Miami apareceu para uma entrevista o cantor Gabriel Pensador, filho da jornalista Belisa Ribeiro com quem havia trabalhado no Palácio do Planalto.
Ao saber da morte de Eliakim, Reginaldo de Castro, que deixou Brasília e reside no Rio de Janeiro, lamentou a perda e lembrou da “simpatia com que fui recebido pelo casal na CBS”. A entrevista foi excelente e obteve um sucesso muito grande no Brasil, principalmente na classe dos advogados, concluiu Reginaldo.