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Violência em Sergipe

O presidente da OAB de Sergipe (OAB-SE) lamentou o “brutal e covarde” assassinato do delegado de polícia civil, Ademir da Silva Melo Junior ocorrido hoje (18)à noite em Aracaju. Na semana passada, a capital sergipana foi alvo de outro crime bárbaro. Um assaltante entrou dentro de um ônibus e matou a sangue frio o cobrador que demorou a entregar o dinheiro que tinha no caixa.

O delegado foi baleado quando chegava à sua residência na Alameda das Árvores, próximo ao Colégio Americano Batista, em Aracaju. Ele estava passeando com seu cachorro quando foi surpreendido pelos marginais. Ele foi atingido por três tiros disparados por dois elementos que estavam em uma moto Honda CG de cor preta.Os marginais não praticaram assalto.

O delegado foi socorrido e levado às pressas para o Hospital Primavera, mas não resistiu aos ferimentos e veio a falecer. Ademir era delegado de polícia em Estância, distante cerca de 70 quilômetros da capital. Estância, denominada por Dom Pedro II como o jardim de Sergipe, dos sobrados azulejados, das festas juninas e do barco de fogo, ainda possui um belo acervo arquitetônico, apesar das constantes perdas provocadas por destruições e mutilações de prédios históricos.

A advocacia e a sociedade – disse Henri Clay – estão consternadas e lamentam profundamente a perda de mais uma vida em decorrência da “horrenda violência que assola o nosso Estado de Sergipe”. Segundo ele, Ademir Jr. foi um servidor público diligente e atuante, dotado de fino trato, conquistou o respeito e a simpatia dos advogados e dos seus pares.

Após manifestar profundo pesar pelo assassinato do delegado e externar solidariedade à família enlutada, Henry Clay afirmou que é tempo do governo “priorizar os recursos públicos para implantação de políticas públicas eficientes de prevenção e combate à violência”.

Na semana passada, Henry Clay denunciou a crescente e preocupante onda de violência no seu estado, principalmente em Aracaju e convocou uma audiência pública para amanhã (19). Em razão do tenebroso assassinato que causou comoção social e profundo abatimento no estado, a OAB-SE decidiu adiar a audiência pública.