O presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais), Roberto Veloso, defendeu hoje (21), que o ministro Teori Zavascki, em Porto Alegre, que o seu substituto no Supremo Tribuna Federal (STF) seja um juiz federal de carreira. “A sua função no STF, como relator do rumoroso caso da Lava Jato, nos dava a tranquilidade para saber que o processo corria normalmente, sem qualquer sobressalto. O ministro era um homem culto, sério, honesto, cumpridor de seus devedores, muito trabalhador, muito preparado e conduzia esse processo como nenhum outro”, afirmou durante o velório em Porto Alegre.
Veloso também disse que a relatoria de Zavascki “propiciava a garantia de que aqueles responsáveis pela corrupção no Brasil, que é o maior mal que assola nosso país, que retira crianças de escolas, que lota os corredores dos hospitais com doentes, esse combate estava tendo no ministro um condutor isento e imparcial”.
O presidente da Ajufe defendeu que o próximo relator do processo da Lava Jato no Supremo mantenha a equipe de trabalho de Zavascki para reduzir o impacto da ausência no andamento do caso. “Evidente que a morte do ministro provocará um atraso no julgamento da Lava Jato, porque independentemente de qualquer circunstância, aquele que vai assumir vai precisar de um tempo para se inteirar. Se esse novo ministro, que pode ser indicado pelo presidente ou um outro para quem o processo seja redistribuído, mantiver a equipe do ministro, esse tempo será menor. Mas há um prejuízo inevitável”, disse.