O empresário Artur Falk, de 68 anos, que controlava a Interunion Capitalização — extinta administradora dos títilos de capitalização Papa-Tudo — teve a prisão provisória de 5 anos e dois meses, em regime fechado, decretada pelo juiz Alexandre Libonati de Abreu, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). O juiz atendeu a um pedido do Ministério Público Federal (MPF) e condenou Falk por crimes contra o sistema financeiro nacional.
Falk foi condenado em 2005 por gestão fraudulenta e emissão de títulos de capitalização sem lastro. Na apelação no ano seguinte, o TRF-2 reduziu a pena para 5 anos e 2 meses de reclusão em regime semi-aberto, no primeiro crime, e para 4 anos pelo segundo crime. O empresário aguardou em liberdade julgamento de recursos no STJ e no STF. Um dos crimes prescreveu em 2015 e outro irá prescrever este ano. Em 2005, o STJ havia rejeitado a prisão para antecipar o cumprimento de pena.
O Ministério Público acusa o empresário de não entregar um total de R$ 3 milhões em prêmios do Papa-Tudo e de não pagar R$ 168 milhões aos clientes, investidores do título de capitalização.