Há quatro anos, Andrea Gallassi, professora do curso de terapia ocupacional da Universidade de Brasília (UnB), busca formas de levar adiante sua pesquisa com usuários de crack, usando como medicamento a ser testado o canabidiol (CBD). Gallassi submeteu seu projeto de pesquisa a um longo caminho burocrático até receber, recentemente, o sinal verde da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importar a substância. Agora, a pesquisadora procura usuários da droga dispostos a se livrar do vício para dar início ao estudo. O objetivo é descobrir se o CBD é mais eficaz que tratamento padrão para acabar, ou, pelo menos, diminuir o vício.
A ideia é reunir 80 usuários e dividi-los, aleatoriamente, em duas equipes. “Um grupo será tratado com óleo de canabidiol e três comprimidos placebo (sem efeito). O outro receberá o tratamento padrão feito hoje para dependentes de crack: três comprimidos de medicamentos reais, mais um óleo placebo”, detalha Andrea, que também coordena o Centro de Referência Sobre Drogas e Vulnerabilidades Associadas (CRR), que fica na unidade da UnB em Ceilândia.
Os medicamentos serão fornecidos pela equipe e, após a ingestão, os participantes responderão a questionários comportamentais. Depois, voltarão à vida normal, retornando ao local de pesquisa semanalmente, ao longo de 11 semanas. ( Site Metrópoles )