Direito Global
Sem a toga

O voto e a onça

Por Irineu Tamanini – Em 1989, eu era porta-voz do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Francisco Rezek na primeira eleição presidencial após 25 anos de regime militar.

Na fase de apuração e divulgação dos votos do primeiro turno, no Centro de Divulgação dos Resultados, montado pelo tribunal no Centro de Convenções de Brasília, recebi uma informação do ministro-presidente que, após ser passada para a imprensa, teve grande repercussão. Na edição de hoje (02) a notícia foi reprisada nas comemorações dos 50 anos do Jornal Nacional da Tv Globo. A notícia falava de uma onça que atacou um cavalo na ilha de Marajó. O cavalo levava duas urnas com os votos de nativos dados para os candidatos ao Palácio do Planalto. Com isso, o resultado oficial do TSE no primeiro turno atrasou.