A história do Bar Luiz, na rua da Carioca 39, no centro do Rio de Janeiro, segundo relato do Wikipedia:
Fundado em 3 de janeiro de 1887, no tempo do segundo reinado, no número 102 da rua da Assembleia por Jacob Wendling, o Bar Luiz chamava-se originalmente Zum Schlauch (“À Mangueira” ou “À Serpentina” em alemão), uma referência ao fato de, ali, vender-se chope que circulava dentro de uma serpentina imersa no gelo antes de servido. Foi a primeira cervejaria da cidade e, talvez, do Brasil.
Embora continuasse na mesma rua, em 1901, o bar mudou de endereço em virtude de problemas na renovação do aluguel, passando para o número 105. Na ocasião, o bar também mudou de nome, passando a chamar-se Zum Alten Jacob (“Ao Velho Jacob”), uma homenagem ao velho Jacob, o fundador de origem judaica, que já estava retirando-se dos negócios e havia passado a direção do bar para seu afilhado, Adolf Rumjaneck.
Em 1908, o fundador parte para a Suíça e Adolf assume a direção do estabelecimento. Por essa época, circulam, por suas mesas, celebridades da época, como os escritores João do Rio e Olavo Bilac.
Em 1915, uma lei de valorização da língua portuguesa obriga a nova mudança no nome do Bar, que passa a se chamar Bar Adolph (embora fosse popularmente conhecido como “Braço de Ferro”, em virtude do hábito do proprietário de disputar partidas deste “esporte” com seus clientes).
Adolf, com problemas de saúde, convida o austríaco Ludwig Vöit para sócio. Em 1926, com a morte de Adolf, Ludwig assume a direção do Bar e também a tutela da filha de Adolf, Gertrud Rumjaneck. Em 23 de fevereiro do ano seguinte, novamente por problemas na renovação da locação, o bar muda novamente de endereço, se transferindo para seu endereço atual, no número 39 da Rua da Carioca.
Em 1942, com o advento da Segunda Guerra Mundial e dos movimentos antifascistas no Brasil, o bar esteve ameaçado de ser destruído por estudantes do Colégio Pedro II, que imaginavam que o nome do estabelecimento era uma homenagem a Adolf Hitler. O bar só não foi destruído por interferência do músico Ary Barroso, que desfez o mal-entendido. Todavia, por conta do episódio, Ludwig naturalizou-se brasileiro e adotou o nome de Luiz, nome pelo qual o bar passou a ser conhecido daí por diante.
Em 1955, Luiz Vöit afasta-se da direção do estabelecimento, que é assumida pela herdeira de Adolph, Gertrud, e o marido dela, Alfons Kurowsky. Com a morte de Alfons, a viúva e seu filho, Bruno Kurowsky, passam a dirigir o estabelecimento. A clientela, na década de 1960, incluía personalidades da cultura carioca (e nacional) como Ziraldo, Jaguar e Sérgio Cabral (pai).
Em agosto de 1985, a Rua da Carioca e adjacências foram tombadas pelo Patrimônio Histórico Municipal, o que salvou o Bar Luiz da ameaça de demolição provocada pelas obras do metrô. Na década de 1990, após o falecimento de Gertrud e Bruno Kurowsky, a esposa deste, Rosana Santos, assumiu a administração daquele que é conhecido como “o bar mais carioca do Rio de Janeiro” e “o melhor chope do Rio de Janeiro”.
Em 1999, o Bar Luiz foi tema de um samba-enredo da escola de samba Canários das Laranjeiras.
Em 2004, em comemoração aos 117 anos do bar, um grupo de estudantes do colégio Pedro II preparou um esquete narrando a quase destruição do bar em 1942 por estudantes desse colégio.
Em 2007, a proprietária do Bar Luiz, Rosana Santos, anunciou que o estabelecimento iria lançar sua franquia.
Em dezembro de 2011, o prefeito Eduardo Paes assinou o Decreto de Cadastro dos Bares Tradicionais, conferindo, a onze botequins, dentre eles o Bar Luiz, o status de Patrimônio Cultural da Cidade.
Em 2014, a prefeitura da cidade anunciou que iria desapropriar o imóvel onde se localiza o bar. A medida teria sido tomada visando a garantir a permanência do bar no local, pois o novo proprietário do imóvel estaria exigindo aluguéis muito altos.