Há 35 anos – no dia 25 de setembro de 1984 – Paulo Costa Leite, um promissor advogado, gaúcho de Porto Alegre, torcedor “doente”do Internacional, morador de Brasília, tomava posse como ministro do então Tribunal Federal de Recursos (TRF). Com a criação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) pela Constituinte de 1988, Costa Leite, passou a integrar o novo tribunal. Em abril de 2000, com 51 anos, cercado de expectativas de juízes, advogados e funcionários, tomou posse na presidência do segundo mais importante tribunal do país.
O novo presidente não decepcionou. Logo no discurso de posse, deu o recado: “As poucas “maçãs podres” não podem comprometer toda uma instituição, como lamentavelmente tem acontecido. O Judiciáriso quer rapidamente livrar-se delas”. E acrescentou no discurso de posse: “O Brasil precisa de um Judiciário eficiente e acessível a todos. Sem Justiça efetiva não há Estado Democrático de Direito, nem civilização digna desse nome”.
Costa Leite é considerado no meio jurídico como um dos mais importantes presidentes da história do STJ. Em abril de 2002, ao final do mandato, pendurou a toga e passou a se dedicar novamente a advocacia em Brasília. Hoje, aos 70 anos, casado com Mônica e pai de quatro filhos, nove netos, continua advogando e residindo na capital federal.