O Tribunal do Júri no Distrito Federal decidiu condenar a arquiteta Adriana Villela, de 55 anos, a 67 anos e 6 meses de reclusão. Ela pode recorrer da sentença em liberdade. A acusação era de ordenar o assassinato dos próprios pais, o ex-ministro José Guilherme Villela e a advogada Maria Villela, além de Francisca Nascimento Silva, que trabalhava com a família havia 30 anos. Em 28 de agosto de 2009, os três foram esfaqueados até a morte no que ficou conhecido como crime da 113 Sul.
Apesar de condenada, Adriana poderá passar um longo tempo antes de ser colocada atrás das grades, isso porque o artigo 594 do Código de Processo Penal permite que réus primários condenados em primeira instância fiquem em liberdade até se esgotarem todas as possibilidades de recursos. Os advogados dela devem, num primeiro momento, tentar reverter a decisão no próprio Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT).
Caso não obtenham sucesso, seus advogados certamente apelarão ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). A derradeira instância a fim de tentar anular a decisão dos jurados que a condenaram no TJDFT é o Supremo Tribunal Federal (STF). Só então, findadas todas as alternativas, Adriana Villela irá para o presídio, onde cumprirá sua pena privada de qualquer liberdade.