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Amanhã vai ser outro dia

O artigo “Amanhã vai ser outro dia” é de autoria do ex-presidente da OAB de Sergipe, Henri Clay Andrade:

Há 102 anos ocorreu a pandemia da gripe espanhola, que durou mais de um ano e abalou a humanidade. Estima-se 40 milhões de mortes em todo o mundo. No Brasil, cerca de 35 mil pessoas faleceram, dentre eles o então Presidente da República eleito, Rodrigues Alves.

Hoje o avanço da ciência médica, do sistema de saúde e da ampla e democrática liberdade de comunicação são mais eficientes e fundamentais para evitar perdas humanas nessa proporção.

Porém, não dá para debochar dessa pandemia. A elevada capacidade de mutação desse tipo de vírus dificulta o trabalho dos cientistas. E a facilidade de contágio do coronavírus é uma praga que se alastra muito rápido e pode matar milhões de pessoas. Isso não é fantasia! Trata-se de uma grave realidade mundial, somente superável com responsabilidade, competência e ética social.

Os governos e as autoridades públicas precisam tomar atitudes mais rápidas e mais eficientes para salvar vidas humanas, antes que seja tarde demais.

Será inevitável parar temporariamente a indústria, o comércio, os transportes públicos…
Como evitar a contaminação em larga escala sem ações dessa natureza? Impossível! Até quando vão adiar o essencial? O tempo urge! Vamos esperar que o coronavírus se espalhe para a classe mais pobre da sociedade? O SUS nem nenhum sistema de saúde do mundo suportará. O destino será a morte de pessoas em massa! Se não houver intervenção mais enérgica, milhares de vidas serão perdidas e muito mais tempo sofreremos angustiados e oprimidos pelo caos. A hora é de salvar vidas!

Aos homens e às mulheres nos resta cumprir disciplinarmente as recomendações médicas e as determinações da Organização Mundial da Saúde. É o nosso dever ético e humanitário.

Essa grave crise existencial convoca a paciência, a humildade, a solidariedade e o amor. Todos repousam no leito das nossas almas. Se estão dormindo, é hora de acordá-los.

Nós podemos sair dessa curados da pandemia do ódio, do egoísmo, da ganância, do preconceito, da prepotência, da arrogância, da vaidade, da intolerância, que separam as nossas almas e nos confina na escuridão da ignorância.

Na aurora do amanhã, poderemos ser mais saudáveis, mais inteligentes, mais fraternos, mais serenos, mais solidários, mais amorosos e mais felizes. Amanhã vai ser outro dia. Fé na vida!