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Presidente da OAB-MT pede licença

O presidente da Seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), o advogado Leonardo Campos, protocolou perante à diretoria do órgão um pedido de licença de 30 dias. Leonardo, que chegou a ser preso acusado de agredir a esposa no último dia 27 de maio,. Ele protocolou ainda um expediente para que a entidade analise o caso. Ele e a mulher, a advogada Luciana Póvoas, filha da desembargadora Maria Helena Póvoas, moram em um condomínio de Cuiabá.

Diz Leonardo Campos no seu pedido: “Minhas amigas e meus amigos, como sabem, a última semana foi muito dura para mim e minha família. Uma discussão de casal acabou se tornando pública, com contornos e versões que precisam ser melhor apuradas. Como sabem, tomei o cuidado de protocolar perante a OAB-MT um expediente para que a entidade analise o caso e decida como entender mais adequado. Feito isso, informo que na última sexta-feira (29) protocolei perante à diretoria da OAB-MT um pedido de licença da Presidência da instituição por 30 dias, para tratar de assuntos particulares. A OAB-MT, neste período, será Presidida pela Vice-Presidente Gisela Cardoso, com apoio dos demais diretores.

Em depoimento à delegada Jannira Laranjeira, a vítima relatou que Leonardo estaria demorando para retornar para casa. Preocupada, ligou e enviou várias mensagens pelo WhatsApp. Por volta das 22 horas, Leonardo chegou em casa, segundo ela, embriagado. Com medo, pois ele possui uma arma de fogo na residência, Luciana teria pedido para que ele fosse embora. Ainda naquela noite, Luciana também teria questionado onde Leonardo estava, o que teria motivado ele a lhe dar um “empurrão”, conforme descreve o depoimento. Cansada das agressões e de andar com roupas de mangas longas, a advogada afirma que revidou com um tapa nas costas de Leonardo. Na ocasião, Leonardo teria pego um celular, começado a filmar e a chamar de “louca, descompensada, desequilibrada”.

Ainda no depoimento, Luciana conta que nunca sofreu ameaças de morte, mas as agressões físicas e psicológicas eram constantes, o que teria motivado o término do casamento. Por querer manter o padrão de vida do filho de 17 anos, ela afirma que teria “superado” os episódios anteriores de violência praticados por Leonardo. A esposa de Campos alega que apesar de ser sócia em um escritório de advocacia, o presidente da OAB-MT não lhe daria acesso à movimentação financeira. Luciana afirma que a separação irá ajudar somente na agressão física. Ela também relatou ter o sentimento de sempre ter sido “escrava, dependente e submissa ao suspeito”.