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Sergipe lamenta morte de bispo

O ex-presidente da OAB de Sergipe (OAB-SE) e provável candidato pela Rede Sustentabilidade à prefeitura de Aracaju, Henri Clay Andrade informou hoje (3), com muita tristeza, o falecimento, em Aracaju, de dom Mário Rino Sivieri, de 78 anos, bispo emérito, da Diocese de Propriá. Nesta cidade sergipana nasceram o ex-presidente do STF e do TSE, ministro Carlos Ayres Britto e o ex-presidente do Conselho Federal da OAB e também da Seccional local, Cezar Britto.

O bispo estava hospitalizado, há oito dias, quando se internou para tratar de uma erisipela, mas teve o quadro de saúde agravado por conta da diabetes. De acordo com a Diocese de Popriá, o corpo será velado na Catedral Diocesana de Propriá, sem presença da comunidade, em virtude da pandemia do Covid-19. Hoje, a partir das 8h, será realizada a celebração da Santa Missa transmitida pelas redes sociais da Catedral Diocesana e o sepultamento logo após na mesma catedral.

Dom Mário, nascido em 15 de abril de 1942, era natural de Castelmassa, comunidade italiana da região do Vêneto, província de Rovigo, com cerca de 4.309 habitantes. Estava em Sergipe desde os anos 60. A sua Ordenação presbiteral ocorreu 3 de julho de 1966 pelo Papa Paulo VI. Desde que ao Brasil, dom Mario realizou atividades no município de Lagarto, onde fundou a Fazenda da Esperança, destinada à recuperação de dependentes químicos. E atuou por 29 anos na Diocese de Propriá. Nos últimos quatro anos, após ser nomeado emérito, dom Mário passou a morar na Fazenda Esperança.

No dia 12 dezembro de 2016, dom Mario foi homenageado pela Assembleia Legislativa de Sergipe e recebeu a Medalha de Direitos Humanos, ‘Dom José Vicente Távora’ em reconhecimento pela sua dedicação a serviço da vida dos mais pobres, principalmente da juventude.

Segue o comentário do advogado Henri Clay após tomar conhecimento agora à noite do falecimento de dom Mário: ” Antes de ser Bispo em Propriá, o conheci criança como padre em Lagarto (cidade onde nasceu o advogado). Desde muito longe, Dom Mário foi referência católica, por quem cultivei profundo respeito, distinta admiração e grande amizade. Dom Mário escreveu uma linda e inspiradora história, pelo seu destacado trabalho social de recuperação de milhares de pessoas sob a dependência das drogas e pela sua conduta honrada e ética. Para mim, dom Mário continua vivo nas páginas da minha história e no recanto da minha alma”.