Após informar os sindicatos sobre a demissão de cerca de 22 mil funcionários, número que corresponde a 16% de sua força de trabalho global, o Grupo Lufthansa apresentou os números e detalhes do excesso de colaboradores durante o Comitê Econômico do Grupo.
De acordo com os números, a redução de 22.000 vagas – que deverá ser permanentemente mesmo após a crise – estão distribuídas em todos os segmentos de negócios e em quase todas as empresas do Grupo.
As operações aéreas da Lufthansa serão afetadas com um corte de 5.000 empregos, 600 dos quais serão pilotos, 2.600 comissários de bordo e 1.500 funcionários de solo. Outros 1.400 empregos na sede e na administração de outras empresas do Grupo também serão afetados. A Lufthansa Technik tem um excedente mundial de cerca de 4.500 empregos, 2.500 deles na Alemanha. Já na divisão de catering, no Grupo LSG, 8.300 empregos serão afetados em todo o mundo, 1.500 deles na Alemanha.
Em função das sérias consequências da pandemia do coronavírus para todo o setor aéreo, a necessidade de reestruturação se aplica a quase todas as empresas do Grupo. A Germanwings, por exemplo, não retomará as operações, enquanto a Eurowings reduzirá sua capacidade de pessoal administrativo em 30% e cortará 300 empregos. A Austrian Airlines tem um excedente de pessoal de 1.100 empregos devido ao downsizing da frota. A Brussels Airlines reduzirá sua capacidade em 1.000 empregos e a Lufthansa Cargo em 500.
O Grupo informou que o excesso de funcionários pode ser parcialmente compensado por acordos coletivos de trabalho de curta duração, visando reduzir a jornada semanal dos colaboradores ou através de outras medidas de corte de custos.
Os acordos devem ser concluídos até 22 de junho.