Já ouviu a expressão “tempo é dinheiro”? Em um banco de Santa Maria da Feira, em Portugal, ela é bem real. Porque ali, os voluntários não lidam com dinheiro, mas com tempo. Ao invés de lucros, o Banco do Tempo persegue outro objetivo: a felicidade das pessoas.
Funciona assim: um eletricista se inscreve no Banco do Tempo, se oferecendo para trocar as lâmpadas de uma casa. Após uma hora de trabalho, ele tem direito a uma hora de um serviço qualquer que ele precise. Por exemplo, aula de informática. O professor de informática, por sua vez, tem direito a uma hora de massagem e por aí vai.
Há um pouco de tudo nesse projeto: troca de lâmpadas, limpeza, cursos de idiomas, massagens, pessoas dispostas a passar roupa e até a ensinar a andar de bicicleta.
Os bancos de tempo existem em Portugal há 13 anos, e na pacata Santa Maria da Feira, chegou há um ano e meio. Quem levou para lá foi a economista aposentada Margarida Portela, que destaca:
— É o projeto da minha vida! — resume.
No Brasil, a iniciativa está presente em diversas cidades e estadosl, como Analândia, Baixada Santista, Balneário Camboriú, Barão Geraldo, Blumenau, Brasília, Brusque, Campo Grande, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Curitiba, Florianópolis, Garopaba, Gaspar, Goiânia, Palhoça/São José, Pelotas, Porto Alegre, Rio Grande, São Francisco de Paula, São Paulo, Sorocaba, Tubarão, Ubatuba.
O Banco do tempo da Cidade de Florianópolis é um dos primeiros e mais conhecidos do brasil. A iniciativa foi idealizada em setembro de 2015 num encontro do coletivo catarinense Zeitgeist, parte de movimento internacional de sustentabilidade. Ele funciona a partir de um grupo de facebook que conta com mais de 20.000 pessoas, e as trocas são contabilizadas em uma planilha compartilhada com os usuários.