A presidente nacional do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Rita Cortez, integrou nesta hoje (28/8) a mesa de honra virtual na abertura do III Seminário Nacional do Movimento da Advocacia Trabalhista Independente (Mati). “O Brasil, a advocacia e os trabalhadores estão de luto pelas mais de 117 mil mortes na pandemia, pelos 40 anos da explosão da carta-bomba que vitimou Dona Lyda Monteiro da Silva na sede da Ordem e pelas perdas, cada vez maiores, dos direitos trabalhistas”, afirmou Rita Cortez. O evento teve como tema central ‘A luta pela Constituição: a radicalização em defesa dos direitos sociais’.
Rita Cortez disse que a carta-bomba, endereçada no dia 27 de agosto de 1980 ao então presidente do CFOAB, Eduardo Seabra Fagundes, “foi destinada à Ordem, por seu protagonismo na luta contra a ditadura”. A respeito das perdas sofridas pelos trabalhadores, a presidente nacional do IAB afirmou que, “desde antes da pandemia, como também no curso da crise sanitária, estamos assistindo a retrocessos no Direito do Trabalho, inclusive por meio de tentativas de desmantelamento e, até mesmo, extinção da Justiça do Trabalho”.
A advogada trabalhista disse, também, ter sido acertada a escolha do tema central do evento. “Temos que ser radicais na defesa da Constituição, que protege os direitos sociais, entre os quais os direitos trabalhistas”, defendeu. Rita Cortez afirmou, ainda, que “o estado democrático de direito exige a observância desses direitos, e o preâmbulo da Constituição estabelece como um dos fundamentos da República a dignidade da pessoa humana, que exige trabalho digno e decente”.