O Superior Tribunal Militar (STM) condenou, hoje (28), por unanimidade, os suboficiais considerados líderes do motim realizado por controladores de tráfego aéreo em 2007, que ficou conhecido como o dia do apagão aéreo. Os ministros condenaram os militares a 6 anos e 6 meses de prisão, bem como incluíram a pena acessória de exclusão das Forças Armadas.
O processo se arrastou de 2007 até dezembro de 2018 quando, dos 89 acusados, apenas três haviam sido condenados, Luiz Marques, Florisvaldo Salles e José Tadeu Tavares, mas as penas eram de 3 anos de reclusão. O Ministério Público recorreu e incluiu Wellington Fabio Lima da Rocha, que havia sido absolvido no julgamento anterior.
O motim começou no Cindacta-1, em Brasília, durou cinco horas e 20 minutos, espalhou-se pelo país e suspendeu praticamente todas as decolagens no país no dia 30 de março. Naquele dia, o então presidente da República, Lula estava em Washington, e o vice, José de Alencar, estava em voo.
A rebelião acabou após uma negociação de Paulo Bernardo (Planejamento) com amotinados, que reivindicavam gratificação salarial, fim de punições e desmilitarização do setor.