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Batalha: Judiciário não é apolítico

Do advogado do Rio de Janeiro, Sergio Batalha Mendes: “O caso Mariana Ferrer destrói as ilusões de quem imagina um Judiciário apolítico. O juiz tem sempre uma posição política e a expressa na sua conduta processual e nas suas decisões.

Não há dúvida de que o juiz que permitiu as ofensas à vítima de estupro é machista e acredita que a vítima “mereceu” o estupro, pois seria uma “vagabunda”. Ele encontrou uma fórmula jurídica para expressar sua posição política e seus preconceitos contra a vítima.

O advogado também é um machista e teve uma conduta indigna da profissão, utilizando-se da ofensa e da intimidação psicológica para defender o seu cliente. Espero que a decisão seja revertida e que juiz e advogado sejam punidos pela sua conduta indigna e degradante. Mas espero igualmente que todos reflitam sobre este julgamento quando pensarem em Lula e nas condenações ilegítimas que ele sofreu por motivos políticos”.