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Lúcio Costa: “Brasília é filha do coração”

Por Silvestre Gorgulho – “Brasília caminha para seus 61 anos de vida. Vivo fosse, o inventor da cidade, Lucio Costa, faria hoje (27 de fevereiro) 119 anos.

Doutor Lucio deixou exemplos de humildade, competência, determinação e generosidade. Virtudes, hoje, tão necessárias aos cidadãos brasilienses que habitam sua obra.
Com tantos dons e, na certeza de que seu olhar não abandonará jamais sua criação, quem sabe doutor Lucio, lá do Céu, faça algum milagre e consiga inspirar gestores e responsáveis diretos pelo destino de Brasília para que a nossa capital caminhe numa direção mais adequada e segura.
Autor do Plano Piloto de Brasília, uma das maiores realizações urbanísticas do século 20, Lucio Costa foi um pioneiro na moderna arquitetura brasileira.
Estudou pintura e arquitetura na Escola Nacional de Belas-Artes. Formando-se em 1924, foi nomeado diretor da instituição seis anos depois, em 1930. Sob sua gestão, os métodos de ensino neoclássicos foram abandonados e adotou-se em seu lugar um currículo baseado nas teorias funcionais da Bauhaus e de Le Corbusier. Em 1936, liderou a equipe de jovens arquitetos – entre eles Oscar Niemeyer –, que, a partir do traço inicial de Le Corbusier, criaram no Rio de Janeiro o Ministério da Educação, Palácio Capanema, marco histórico na arquitetura brasileira.
Em 1957, Lucio Costa venceu o concurso nacional para a elaboração do Plano Piloto de Brasília, tornando-se conhecido mundialmente. Brasília, sua obra mais conhecida, foi concebida em quatro escalas: monumental, residencial, gregária e bucólica.
Dr. Lucio Costa inventou uma cidade. Inventou uma Capital. Inventou uma nova forma de viver e um novo jeito de conviver. Ele conseguiu com que a realidade superasse a utopia!
Lucio Costa ajudou a forjar a história da mais bela obra de intervenção geopolítica do Brasil moderno.
Sim, a construção de Brasília, além de plantar um novo sentido de urbanismo e de convivência urbana, interiorizou a economia, ocupou o Centro-Oeste e a Amazônia, ajudou espalhar melhor as benesses do desenvolvimento econômico pelo Brasil e assegurou definitivamente a soberania sobre o território nacional”.