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Operação Corta Fogo

A Polícia Civil de Minas Gerais deflagrou a Operação Corta Fogo, com o objetivo de combater uma associação criminosa que comanda o tráfico de drogas em um determinado ponto de Belo Horizonte e Ribeirão das Neves, na região metropolitana. A ação é fruto de um inquérito iniciado há oito meses.

Ao longo das investigações, um militar reformado, de 75 anos, foi preso por suspeita de chefiar o grupo criminoso. No entanto, mesmo do batalhão da Polícia Militar, onde cumpre pena, ele estaria liderando a venda de entorpecentes na capital e na cidade da Grande BH.

Conforme informou a Polícia Civil, a investigação teve início há oito meses, com a prisão de um militar reformado, de 75 anos, conhecido pelo apelido de “Bombeiro”. Ele foi detido com vários pés de maconha em casa. Após a prisão, ele foi levado para um batalhão da Polícia Militar, onde seguia liderando a venda de entorpecentes .

Em conversa com a imprensa, nesta quinta, o delegado Daniel Araújo, do Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc), explicou que as prisões são frutos de um trabalho minucioso da corporação.

“É uma investigação que correu em sigilo por aproximadamente oito meses, onde a gente vinha mapeando uma organização criminosa voltada para o tráfico de drogas. Liderada por dois indivíduos, sendo que cada um chefiava uma parte da região metropolitana. Ainda na fase sigilosa, a gente prendeu em flagrante o “Bombeiro”, com uma enorme plantação de maconha, quatro armas de fogo e um artifício utilizado por bandidos para esconder o rosto”, explicou.

O militar reformado já era conhecido da segurança pública justamente por suspeita de tráfico de drogas. “O “Bombeiros” é traficante de longa data, tendo sua primeira passagem pela polícia em 1984. Então, ele já tem contato antigo com fornecedores de droga da região. Ele recebia a cocaína dos fornecedores e distribuía na Grande BH. Na intenção de expandir os negócios, ele se associou a um indivíduo que comanda o tráfico em Ribeirão das Neves, exercendo esse domínio com bastante violência e homicídios”, detalha.

Daniel acredita que as prisões podem reduzir a violência nas duas cidades. “Com essa operação, a gente pretende dar um basta nessa associação criminosa em Neves e BH. Além disso, esperamos reduzir esses outros crimes violentos que são reflexos desse grupo nesses pontos de Ribeirão das Neves e Belo Horizonte”, declarou o delegado.

Conforme informou a Polícia Civil, a companheira, filha, neta, sobrinho e um ex-cunhado do militar reformado também estariam envolvidos nessa quadrilha especializada na venda de entorpecentes. “A família toda vai ser indiciada por tráfico”, afirmou o delegado.