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A tristeza de um filho de ministro do STF

Comentário do filho do saudoso ex-ministro do STF, Oscar Dias Correia, o advogado Oscar Dias Correia Junior, chamado de Oscarzinho pelos amigos mais próximos, sobre a notícia dada pelo site www.direitoglobal.com.br de que o seu pai e o novo ídolo do Fluminense, John Kennedy nasceram na mesma cidade mineira de Itaúna. John Kennedy fez dois gols na partida deste sábado (23.10) contra o Flamengo no Maracanã em partida válida pelo Campeonato Brasileiro.

– Tudo bem? Como flamenguista numa família atleticana (Atlético Mineiro) fico triste em saber !!!!

A notícia foi enviada pelo amigo de infância, também atleticano e mineiro, Carlos Mário Velloso Filho – advogado e atualmente ministro substituto do TSE. Camario, como é chamado pelos amigos próximos, é filho do ex-presidente do STF e do TSE, ministro aposentado Carlos Mário Velloso. A exemplo do filho, Velloso é torcedor fervoroso do Galo mineiro.

Oscar Dias Correia Júnior nasceu em Belo Horizonte no dia 14 de agosto de 1949.Fez os estudos secundários em Pasadena, na Califórnia (EUA). Advogado formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1972, neste mesmo ano foi nomeado oficial de gabinete do governador de Minas Gerais Rondon Pacheco (1971-1975), cargo que exerceu até 1974. Entre 1976 e 1978, foi chefe de gabinete de Rondon Pacheco, então presidente da Usina Siderúrgica de Minas Gerais (Usiminas).

Em novembro de 1978, elegeu-se deputado estadual na legenda da Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de sustentação do regime militar instaurado no país em abril de 1964, assumindo sua cadeira em fevereiro seguinte.
Com a extinção do bipartidarismo em 29 de novembro de 1979 e a conseqüente reformulação partidária, filiou-se ao Partido Democrático Social (PDS), agremiação que aglutinou os antigos membros da Arena. E nessa legenda elegeu-se deputado federal em novembro de 1982. Deixando a Assembléia Legislativa de Minas Gerais em janeiro de 1983, tomou posse na Câmara dos Deputados em fevereiro seguinte.

Em 25 de abril de 1984 votou a favor da emenda Dante de Oliveira, que restabelecia as eleições diretas para a Presidência da República em novembro daquele ano. Constatada a insuficiência de votos para que a emenda fosse submetida à apreciação do Senado, convocou-se, em 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral. Oscar Correia Júnior votou em Tancredo Neves, lançado pela oposicionista Aliança Democrática, coligação do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) com a dissidência do PDS reunida na Frente Liberal, eleito no confronto com Paulo Maluf, candidato da legenda pedessista, para suceder ao presidente João Batista Figueiredo (1979-1985).

Transferindo-se para o Partido da Frente Liberal (PFL), candidatou-se em novembro de 1986 a uma cadeira na Assembléia Nacional Constituinte. Eleito, assumiu o mandato em fevereiro de 1987, quando começaram os trabalhos da Constituinte e, ainda neste ano, presidiu a Comissão de Organização dos Poderes e Sistema de Governo e foi titular da Comissão de Sistematização, e suplente da Subcomissão de Garantia da Constituição, Reformas e Emendas, da Comissão da Organização Eleitoral, Partidária e Garantia das Instituições.

Nas principais votações da Constituinte, foi contra o rompimento de relações diplomáticas com países com política de discriminação racial, a pena de morte, a limitação do direito de propriedade privada, o mandado de segurança coletivo, a legalização do aborto, a remuneração 50% superior para o trabalho extra, a jornada semanal de 40 horas, o turno ininterrupto de seis horas, o aviso prévio proporcional, a soberania popular, o voto facultativo aos 16 anos, a nacionalização do subsolo, a estatização do sistema financeiro, o limite de 12% ao ano para os juros reais, a proibição do comércio de sangue, a limitação dos encargos da dívida externa e a desapropriação da propriedade privada.