O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) obteve, por meio da 10ª Promotoria de Justiça Criminal, a condenação de sete dos oito denunciados pela morte da adolescente Raquel Melo de Lima, de 13 anos, ocorrida no dia 30 de janeiro deste ano. Atuaram no júri os promotores de Justiça Vanderlei Cerqueira e Whashington Medeiros.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, acolhida pelo Tribunal do Júri, os acusados sequestraram Raquel e sua mãe, após saírem de uma casa de oração. Em seguida, vasculharam o celular da adolescente em busca de informações que a vinculassem à uma organização criminosa rival, por suspeitarem que a jovem interagia com outra facção.
Após submeteram as informações ao “conselho” da organização criminosa, este autorizou a execução da vítima. A mãe foi liberada e ameaçada caso noticiasse os fatos à polícia. Raquel foi morta com disparos de arma de fogo e dezenas de golpes de faca por todo o corpo. O corpo da jovem foi então ocultado pelo grupo, enterrado em uma cova rasa.
No decorrer das investigações, foi apurado ainda a participação de um adolescente. No julgamento, que durou dois dias, os jurados acataram integralmente a tese do MP acreano e condenaram os réus pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, corrupção de menores e por integrar organização criminosa.
Yago da Silva Sabino e Thyego da Silva Sabino foram condenados a 41 anos, 9 meses e 10 dias de reclusão; Rosinei Pereira Santos recebeu uma pena de 46 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão; Janes Cley Pereira Santos foi condenado a 53 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão; Rosinaldo Pereira Santos a 43 anos, 3 meses e 10 dias de reclusão; e Francisco Elcivan Leandro Rodrigues a 47 anos, 7 meses e 10 dias de reclusão.
Julgada à revelia, Francisca Roberta Gomes de Araújo Cruz foi condenada a 46 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão. Também denunciada por participação nos crimes, Tatiane Souza da Silva está foragida e não foi julgada. Os réus não poderão recorrer em liberdade.