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Perigo nos vôos longos

A morte da brasileira Maria de Lourdes Araújo dos Santos, de 75 anos, em um voo que seguia de São Paulo a Paris, na França, chamou atenção para os riscos de se desenvolver uma trombose em longas viagens. A dona de casa morava no Espiríto Santo e iria encontrar os cinco filhos que residem na capital francesa quando passou mal no voo LA702, da companhia aérea Latam. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu. Segundo o médico Fábio Miranda, clínico intensivista e Chefe da Terapia Intensiva do Copa Star, longos voos são fatores de risco para todos:

— O próprio voo é um fato de risco para o desenvolvimento de trombose venosa nos membros inferiores. A rigor, qualquer pessoa pode ter o risco aumentado em longas viagens. A trombose acontece quando um coágulo se forma e bloqueia a passagem de sangue, o que pode gerar inchaço e dor. Caso ela se desprenda, pode ir para em outra parte do corpo, como o pulmão, e causar uma embolia. As horas que se passa sentado, entre outros fatores, em voos podem contribuir para o aparecimento de um desses coágulos.

O empresário brasileiro Danilo Venturini, que há muitos anos reside com a família em Miami, nos Estados Unidos, revelou, logo após ler a notícia da morte da brasileira, que sofreu uma trombose profunda de 16 para 17 dezembro de 2020 em um vôo de Miami de Guarulhos. “Só fui tratado no dia 21 de dezembro. Estou vivo por sorte”, disse. Venturini tem 1.90, 67 anos anos e é faixa preta de caratê.

Venturini aproveitou para dar uma dica importante para quem faz vôos longos: “Eu não viajo mais sem tomar anticoagulante”.