Do jornalista mineiro, nascido em São Lourenço, a mais conhecida estância hidromineral do Brasil mas radicado em Brasília há vários anos, Silvestre Gorgulho. É autor da obra De Casaca e Chuteira: A era dos grandes dribles na Política, Cultura e História:
“Oscar Niemeyer dizia muito bem:
– A vida é uma mulher do lado… e seja o que Deus quiser!
Eu acrescentaria:
– A vida também é amigos do lado … e seja o que Deus quiser!
Hoje é aniversário de um amigo de fé. De um amigo especial e querido.
O jornalista e escritor Sebastião Nery completa, hoje, dia 8 de março – Dia Internacional da Mulher – 90 anos. A homenagem deve ser também extensiva à sua luz e musa Beatriz Rabelo.
Agora morando na Barra da Tijuca, Tião Nery está sempre pensando em mais um livro. Já escreveu uns 20. Sua vida é uma viagem por uma nuvem particular desde o Seminário lá na Bahia.
Sim, aos 9 anos, Sebastião Nery sobe numa nuvem para ganhar céus e terra. As mudanças climáticas da vida provocam um temporal a cada estação.
No Seminário, acalenta um sonho: ser santo. No mínimo, Bispo. Renuncia à santidade e ao bispado pelas turbulências do amor.
Da batina, faz calça e camisa para atravessar o sertão. Chega a Minas. A carona quebra na fronteira. Sua nuvem passa em Pedra Azul e o arrebata para as montanhas de Beagá.
Faz Direito na UFMG, vira jornalista e entra no Partidão. É eleito vereador em BH. Volta à Bahia. Cria jornais, amigos e inimigos. É eleito deputado. É cassado e preso pelo golpe militar.
Também clandestina, sua nuvem o acompanha. Leva-o ao Rio. Inventa telejornais e colunas. Escreve livros. É eleito deputado federal. Aí sua nuvem o leva rumo às estrelas: Sibéria, Lisboa, Madrid, Trípoli, Roma e Paris. Dá um tempo em Brasília.
Aos 90 anos, pousa na Barra da Tijuca e ao lado de sua Bia recebe o abraço dos amigos que fez em tantos temporais.