O artigo ” Os assassinos do futebol brasileiro” é de autoria do ex-goleiro Paulo Roberto Xavier – nascido em Volta Redonda (RJ) tendo atuado vários anos em clubes dos Estados Unidos – atualmente preparador de goleiros na empresa Gol de Placa – Escola de Futebol. Paulo Xavier, de 62 anos, é irmão do ex-ponta-direita do Fluminense na década de 70, o saudoso craque Wilton. Seu pai, Eurydice Xavier foi centro-avante do Atlético Mineiro na época do ídolo e goleiro Cafunga. Xavier, como era conhecido no meio esportivo na época, foi bicampeão pelo “Galo” e marcou muitos gols com a camisa do clube mineiro.
“Enquanto o futebol brasileiro continuar nas mãos dos preparadores físicos e ” estudiosos ” vamos continuar na mediocridade técnica e tática por muito tempo. A cultura do forte e belo desmistificou totalmente o nosso futebol. Se o Garrincha fosse dessa geração não iria passar do portão, pois além de ser baixo e ter a perna torta para dentro era preto e feio. Um ex-atleta para se tornar treinador hoje tem que fazer cursos e ter grau superior em Educação física. Porém, ao preparador físico para ser treinador não se faz necessário ter sido jogador de futebol. Atleta que não tiver altura e biotipo avantajado não tem vez, o talento e a técnica não se faz necessário. Daí o motivo da enxurrada de treinador portugueses, argentinos, uruguaios e outros tantos no nosso futebol. Essa é a herança de Cláudio Coutinho e Carlos Alberto Parreira, dois tecnocratas que assassinaram o futebol brasileiro.”