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SAF pode chegar ao Flu . Fase é de “valuation” pelo BTG

Presidente do Fluminense, Mário Bittencourt participou de uma live e falou sobre uma possível SAF (Sociedade Anônima do Futebol) no clube, revelando, inclusive, um acordo com o banco “BTG Pactual” para estudar o tema: “Não sou contra a SAF, não tem nenhuma entrevista minha em que eu disse isso. Nada impede que o Fluminense futuramente possa virar uma sociedade anônima de futebol. Mas, curiosamente, os três primeiros clubes a virarem SAF estão ou estavam na Série B. Esses clubes viram na SAF um resgate rápido de uma receita que eles perderam, que foram os direito de TV.

Bittencourt lembrou que essa asfixia financeira fez com que já se transformassem em sociedade anônima, vendendo a maior parte dos ativos do clube sem avaliar os riscos. A SAF nada mais é do que um formato jurídico de gestão. Um investidor, ou vários, compra os direitos ativos dos clubes, e todas as receitas, jogadores da base, tudo passa a ser dele. Uma das preocupações que temos, e nós já temos uma comissão que estuda a implementação da SAF ou não no futuro, é a insegurança jurídica. O Cruzeiro, por exemplo, está sofrendo condenações da empresa do Ronaldo.

– O que eu posso dizer ao torcedor é que o Fluminense está extremamente atento ao tema. Nós participamos até de uma série de discussões sobre, somos sempre convidados a participar das discussões de SAF, da Lei Pelé… O clube está em vias de assinar contrato com uma grande empresa do mercado que vai fazer uma avaliação sobre o tema. Estamos em conversas com o BTG para fazer um estudo ainda mais aprofundado. São vários fatores a ser levados em consideração. Se tivermos uma liga de clubes em 2025, por exemplo, o valor dos clubes aumentam exponencialmente.

O BTG vem fazendo um “valuation”, termo em inglês que representa o processo para avaliar o valor de uma empresa e seus ativos, no Fluminense nas últimas semanas. Mário falou pela primeira vez de um possível valor de venda, ainda sem o estudo concluído, e estimou que o clube vale no mínimo R$ 2 bilhões (sendo R$ 1 bilhão referente a Xerém).

O dono do BTG Pactual, André Esteves não esconde que é torcedor do Fluminense. O carioca de 53 anos está em sexto lugar na lista dos brasileiros mais ricos divulgada pela Forbes. André Esteves nasceu em uma família de classe média do bairro da Tijuca e obteve seu diploma de bacharel em Ciência da Computação e Matemática pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O empresário foi acusado de obstrução à Justiça em 2015 e, em setembro de 2017, o Ministério Público Federal em Brasília pediu a sua absolvição. Em julho de 2018, foi absolvido pela Justiça Federal desta acusação por falta de provas.