O brasileiro que vai decidir a eleição do próximo presidente da República está mais escolarizado. O perfil do eleitorado do país, divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), revela que a maior fatia de cidadãos que vão às urnas em outubro declararam ter o ensino médio completo. Eles correspondem a 26,3% do universo votante e representam uma mudança substancial: em 2018, o estrato que sequer havia concluído o ensino fundamental era o de maior tamanho.
Os dados do TSE mostram ainda que o Brasil conta hoje com 156,4 milhões de eleitores, um recorde. O número é 6,2% maior do que o registrado nas últimas eleições gerais, realizadas há quatro anos. Além disso, o perfil mais comum é o de mulheres de 45 a 49 anos que se formaram no ensino médio. De acordo com o tribunal, ao todo, há 82,3 milhões de eleitoras, equivalente a 52,6% do total. Já os homens são 74 milhões (47,3%). Há ainda outros 36.782 votantes cujo gênero não é informado, num total de 0,02% do eleitorado.
No caso da escolaridade, parte das informações da Justiça Eleitoral pode sofrer defasagem, já que ela é prestada pelo próprio eleitor quando tira seu título ou o atualiza, o que nem sempre ocorre quando completa outro nível de formação.
No pleito deste ano, 2,1 milhões de jovens entre 16 e 17 anos estão habilitados a se manifestar nas urnas, um crescimento de 51,13% nessa faixa etária em comparação a 2018. Segundo o TSE, no outro extremo, o eleitorado acima dos 70 anos também cresceu. O salto foi de 23,8%: passou de 12 milhões para 14,8 milhões em quatro anos. Esse número representa 9,52% de todo o eleitorado apto a votar em 2 de outubro. No país, o voto somente é obrigatório após os 18 e até os 70 anos.