Tornar o ambiente de trabalho acessível, capaz de incluir todas e todos, independente das suas condições físicas ou intelectuais. Segundo especialistas, essa é uma maneira de garantir a presença e combater a discriminação de pessoas com deficiência no ambiente laboral. O tema é bastante presente na Justiça do Trabalho e, neste mês, três tribunais regionais vão ser agraciados com o Prêmio “Justiça do Trabalho Acessível” pela implementação de ações de inclusão em suas unidades.
No TRT-3 (MG), um robô avalia o nível de acessibilidade do portal eletrônico da instituição. O objetivo é checar um grande número de páginas web de forma automatizada, permitindo comparar a situação encontrada com os critérios estabelecidos no Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico (eMAG).
O TRT-23 (MT) apostou na acessibilidade arquitetônica dos seus edifícios. Ao todo, 20 unidades dos 26 prédios foram adaptados com vagas de estacionamento reservadas, vias adequadas para acesso e circulação (rampa), sanitários acessíveis, sinalização tátil no piso e em ambientes e sinalização visual. Todas as melhorias estão em conformidade com a NBR 9050, que trata da acessibilidade de edificações, mobiliários, espaços e equipamentos urbanos.
No Mato Grosso do Sul, o TRT-24 investiu na capacitação de advogados e estudantes de Direito com deficiências visuais, que utilizam leitor de texto NVDA, para o uso de ferramentas de acessibilidade básicas dentro do Processo Judicial Eletrônico (PJe). O objetivo é romper a barreira tecnológica relativamente ao sistema PJe.
A premiação ocorre no encerramento do evento “+Inclusão: aprendendo a incluir pessoas com deficiência no trabalho”, realizado para marcar o Dia da Luta da Pessoa com Deficiência. O evento, que será no dia 23/9, das 9h às 12h30, na sede do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília (DF), está com inscrições abertas.
O encontro é voltado para o público em geral e pretende conscientizar e incentivar a adoção de métodos e práticas de inclusão de pessoas com deficiência no ambiente do trabalho. A programação aborda os aspectos jurídicos da contratação de PCDs, a experiência do TST e palestras sobre a prática e as estratégias para promover a inclusão.