O artigo “E a CPI da CBF? é de autoria jornalista José Roberto Padilha, ex-ponta-esquerda da Seleção Brasileira de Novos, do Fluminense, na época da Máquina, do Flamengo e do Santa Cruz de Recife:
“Já que o futebol é a paixão nacional de um país recheado de desigualdades, pelo menos o órgão que cuida dele, no caso a CBF, merecia respeitar o povo brasileiro.
Pelo contrário, só a FIFA gasta mais por cuidar do futebol mundial. São quase 20 milhões mensais empregados em salários vultosos, delegações viajando em voos fretados e hospedados nos hotéis mais caros do mundo.
Para manter-se inatacável, acaricia os times grandes que os reelegem, despeja uma fortuna na Copa do Brasil e vira as costas para os clubes pequenos, abandonados e com as ligas fechadas. Destes, a CBF ainda cobra uma taxa de inscrição.
Há duas décadas sem ganhar uma Copa do Mundo, essa famigerada confederação ainda é capaz de oferecer aos seus jogadores, no Catar, carnes com filetes de ouro sabendo que muitos dos seus torcedores permaneceram no país passando fome.
A CPI da Covid, foi esclarecedora, a das invasões de 8 de Janeiro também será importante. Mas a da CBF será fundamental. Chega de dar privilégios a nomeados que sequer a uma sabatina foram convocados.
Por exemplo, Ramon Menezes, ganhou o que para estar, interinamente que seja, como treinador da seleção brasileira? Treinou o Vasco e logo caiu. E foi erguido pelos profundos laços de amizade que mantém junto a…ao…bem, agora é bom a CPI.”