Direito Global
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Nível de dificuldade

Por Sergio Garschagen –

Leio hoje (07/02/23) uma notícia preocupante na tela da Gazeta do Povo. A diretora da Escola Politécnica da UFRJ, Cláudia Morgado, anuncia que vai reduzir o nível de dificuldades da matéria de Cálculos, do curso de Engenharia. ” Não é normal reprovar 70% de uma turma sistematicamente”, explicou.

Começo a imaginar, no futuro, prédios, pontes e ciclovias, como a do Rio de Janeiro, a desabar por erros simples nos cálculos dos engenheiros cotistas. ( A não ser que a diretora Morgado pense em abrir uma cadeira paralela na UFRJ para ensinar aritmética aos cotistas, antes de ensiná-los a matéria Cálculo Estrutural. Alguns não sabem calcular a raiz quadrada de 16).

Já imaginaram se algum diretor de uma faculdade de Medicina resolver baixar o nível das matérias para aumentar o índice de formandos? Alguém disse, anos atrás, que não levaria o filho a um médico cotista. Bem, se eu fosse construir uma casa não contrataria um engenheiro que não sabe fazer cálculo estrutural.
Leio ainda outro dado: na Universidade de Brasília a evasão de cotistas foi da ordem de 39% contra 17% dos estudantes que passaram por mérito.

A Corte Suprema dos EUA analisou a adoção do sistema de cotas nas universidades americanas e a decisão foi taxativa: o sistema de cotas é inconstitucional.