O ex-volante brasileiro Marcos Senna, negro e naturalizado espanhol, atuou por 11 temporadas do Villareal e da Seleção da Espanha, em 2014 se indignou com a atitude racista de torcedor do clube espanhol, que atirou uma banana em direção ao brasileiro Daniel Alves, há quatro meses preso em Barcelona por acusação de crime sexual. Na época, Senna disse ao site R7 que nunca foi vítima de racismo, mas testemunhou casos pela Espanha afora. E deu o exemplo dos Estados Unidos, país em que atuava na época profissionalmente, para acabar com o problema. — A lei funciona mais rápido aqui. Não existe nem ameaça de ato racista.
O jogador, que é negro, garante que o Villareal é um modelo de clube. — Fiquei surpreso com o que aconteceu, por ter sido no Villarreal. Nunca vivi isso. Vi situações de racismo, não em relação a mim, em outras equipes. No Villarreal nunca. É um ato completamente reprovável, isolado, e o clube já identificou o indivíduo para que ele não vá mais aos jogos. A ligação de Marcos Senna com o Villareal continua forte.
Marcos Senna nasceu em São Paulo e se naturalizou espanhol durante sua passagem pelo Villareal. Defendeu a seleção da Espanha, conquistando o título da Eurocopa em 2008, sob o comando de Luís Aragonés. O portão de acesso nº 19 do estádio El Madrigal, do Villareal, é chamado Puerta Marcos Senna, em homenagem à decisão do jogador de, mesmo com o Villareal rebaixado, renovar por mais um ano em 2012.
— A Espanha me acolheu bem. Aonde vou me adoram, este problema de racismo não é uma questão espanhola, é de vários países da Europa.