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Proteção de árvores gigantes

O promotor de justiça Marcelo Moreira, da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente e Conflitos Agrários do Ministério Público do Amapá (MP-AP), participou da mesa redonda que debateu a proteção das árvores gigantes da Amazônia e palestrou sobre Direito e Biodiversidade. O encontro foi promovido pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) e reuniu membros do Ministério Público, pesquisadores e ambientalistas do Pará e Amapá. O evento aconteceu no auditório do Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna.

Os participantes discutiram estratégias e parcerias para a proteção das espécies de árvores gigantes que são únicas no mundo. Cada representante de instituição apresentou as atuações em defesa delas, principalmente o angelim-vermelho, também do cedro, castanheiras e samaumeiras com altura superior a 65 e 70 metros. Além disso, pesquisas científicas realizadas foram apresentadas.

Para o promotor Marcelo Moreira, o movimento de instituições para proteção das espécies gigantes é a oportunidade de efetivar um trabalho de cooperação interfederativa com o objetivo de proteger estas espécies amazônicas. “O MP-AP já é parceiro do Idelflor-Bio e este evento é mais um passo na discussão da criação de uma Unidade de Conservação (UC) do lado paraense, para a proteção das árvores gigantes, e do lado amapaense, com a requalificação de UCs já existentes para proteger essas espécies de angelim-vermelho”

O MP-AP é incentivador e parceiro do projeto científico Árvores Gigantes, que mapeia e pesquisa as espécies. O projeto é coordenado por Eric Bastos Goergens, da Universidade Federal do Vale de Jequitinhonha e Mucuri/MG, e Diego Armando Silva, do Instituto Federal do Amapá (IFAP), e executado por um grupo interinstitucional de pesquisadores. Cinco expedições foram realizadas para estudar e mapear as árvores gigantes no Vale do Jari, Sul do Amapá, fronteira com o Pará, desde 2019. Os estudos informam que a espécie angelim-vermelho é a maior encontrada no Brasil e América do Sul.

Em março deste ano, o diretor de Biodiversidade do Idelflor-Bio, Crisomar Lobato, apresentou, ao promotor Marcelo Moreira e equipe da Promotoria Ambiental e do Instituto Federal do Amapá (IFAP), o projeto de proteção das árvores gigantes em território paraense e rendeu o convite para participação da mesa redonda. O pesquisador Diego Armando da Silva, do (IFAP), participou da mesa redonda representando os estudiosos que registraram a ocorrência das espécies nos dois estados.

Na ocasião do evento no Parque Utinga, Crisomar Lobato ressaltou que a descoberta das árvores gigantes foi fundamental para que o Governo do Estado do Pará iniciasse os estudos de estratégias para proteção destas espécies.