Direito Global
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E a Inteligência Artificial chega ao futebol

Por José Roberto Padilha, jornalista e ex-ponta-esquerda da Seleção Brasileira de Novos, do Fluminense (na época da Máquina), do Flamengo e do Santa Cruz de Recife:

No jornal O Globo, Eduardo Barthem, criador da Performa Sports, explica porque cobra 4,5 mil mensais para ensinar ao Nino, do Fluminense, algo que jamais precisaram explicar pro Edinho. Muito menos para o Thiago Silva, Ricardo Gomes, Duílio, Abel, Tadeu, Assis e Altair. Enfim, para a escola tricolor que usava a Inteligência Natural do Pinheiro para os ensinar a posicionar.

“Depois que ele estava correndo em direção à própria área, girava o corpo em 360 graus se o adversário mudasse a bola de lado. Foi por mim alertado. E passou a fazer o giro mais curto!”.
Como a Inteligência Natural nos abandonou, tantos anos sem uma genialidade em campo, tantas copas do mundo perdidas, melhor deixar o Nino ouvir de um empresário que nunca jogou bola, situações buscadas no computador para obter mais recursos.

Se foi o dom, a habilidade, o drible da vaca inventado na pelada de rua ao tabelar com o muro. Enganando o poste da Light que vinha na cobertura. Se foi o talento natural, imarcável, inimitável, do jogador de futebol brasileiro.
Não foi à toa que levaram o Messi para atuar mais próximo da sede do Facebook. Mark Zuckerberg vai aprontar mais aplicativos por ai, ou vocês acham que os americanos estão felizes em não ocupar também as trincheiras do futebol?
Ah! Pelé. Que falta nos faz a presença de um ser supremo, que conquistou o único reinado permitido aos colonizados, apenas dandos tiros livres, diretos ou indiretos, com a naturalidade e a arte com que os Deuses do Futebol lhe concederam.